A PCR é situação dramática, responsável por morbimortalidade elevada, mesmo em situações de atendimento ideal. Na PCR, o tempo é variável importante, estimando-se que, a cada minuto que o indivíduo permaneça em PCR, 10% de probabilidade de sobrevida sejam perdidos. O treinamento dos profissionais de saúde no atendimento padronizado dessa situação clínica pode ter implicações prognósticas favoráveis.
Como ocorre?
A PCR ocorre de forma isolada em um curto espaço de tempo, em questão de segundos será necessário que a prestação de socorro seja imediata. Os sinais de uma parada cardiorrespiratória são: inconsciência, ausência de batimentos cardíacos e ausência de movimentos respiratórios.
Diagnóstico
O diagnóstico deve ser feito com a maior rapidez possível e compreende a avaliação de três parâmetros: responsividade, respiração e pulso.

Veja como fazer isso:
A responsividade deve ser investigada com estímulo verbal e tátil.
O estímulo verbal deve ser efetuado com voz firme e em tom alto, que garanta que a vítima seja capaz de escutar o socorrista.
O estímulo tátil deve ser firme, sempre contralateral ao lado em que se posiciona o socorrista.
Se não houver resposta, considera-se que a vítima esteja em situação potencialmente letal, devendo ser assegurado atendimento médico de emergência.
Após a ativação do serviço de urgência, procede-se à verificação da respiração. A vítima inconsciente apresenta relaxamento da musculatura da base da língua, que cai sobre a entrada da via aérea, o que implica que toda vítima inconsciente tem a via aérea obstruída.
O pulso deve ser investigado no sítio carotídeo, por ser o último a desaparecer e o primeiro a ser restabelecido numa situação de instalação e reversão de PCR. Além disso, tem a vantagem da proximidade do socorrista. Dez segundos são suficientes para se comprovar a ausência de pulso, com exceção feita aos pacientes hipotérmicos, para os quais um tempo maior (30 a 40 seg) pode ser necessário.
Fonte: PAZIN FILHO A; SANTOS JC; CASTRO RBP; BUENO CDF & SCHMIDT A. Parada cardiorrespiratória (PCR). Medicina, Ribeirão Preto, 36: 163-178, abr./dez. 2003.
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